sexta-feira, 25 de abril de 2008

Coisas da vida.

E cá estou, sem nada, absolutamente nada pra ocupar minha cabeça. Ou melhor, com pensamentos demais que parecem não fazer sentido algum. Mais velha, e com aquela sensação de que não fiz nada realmente importante.
Uma sensação desesperadora, diga-se de passagem. Sinto-me como alguém que não fez nada que realmente fosse útil. É olhar pra trás e pensar: 'dezessete anos e é isso que eu sou' (o que não é consolo algum).
No decorrer do dia, salvo pequenos acontecimentos, aquela mesma "falsidade". Pessoas que sequer te olham e em um dia te desejam tudo de melhor do mundo. Lindo, isso. E pior: acho meio bobo o fato de desejar feliz aniversário para alguém. É como se dissesse: 'Hey, parabéns por não ter morrido...Ainda'.

(Maíra, tente ser otimista. A vida é bela. Ah, cala a boca, consciência. Não sei jogar o 'Jogo do Contente', conforme-se)

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Cérebro é uma coisa, apêndice é outra.

Ando percebendo que o fato de pensar(ou, ao menos, tentar) incomoda, e muito, algumas pessoas, as quais gostariam de ter o controle da situação. Acho que o mundo hoje é o que é porque sempre houveram aqueles que souberam mandar e aqueles que sempre souberam aceitar sem questionar.
Ah, como eu gostaria que as pessoas soubessem que o cérebro não é órgão vestigial.




(Um dia, me disseram que eu não falo coisa com coisa. Eu continuei a andar.)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Corredor

Ela, sentada, espera pacientemente. Vê cada segundo escorrer pelas mãos, sem se importar com nada. Seu olhar procura algum ponto no vazio em que se fixar, esperando por aquele momento que parece jamais chegar.
As pessoas passam de lá para cá, ocupadas com suas vidas por vezes vazias, sem sequer imaginar os tormentos que passavam na cabeça daquela garota, que, calada, mirava os sapatos, como que em busca de alguma imperfeição.
Algumas vezes, alguém passava e a cumprimentava, com um sorriso plástico, mecânico. 'Melhor que não sorrisse', ela pensa. 'Melhor seria se eu não estivesse aqui, se estivesse em casa, com meus livros'. Talvez não fosse melhor ela estar em casa.
De repente, ela o vê. Aquele por quem ela se vê atraída. Aquele que ela imagina ao seu lado, falando sobre vidas comuns, sobre pessoas comuns, sobre o tempo. Sobre qualquer coisa, mas que fosse com ele.
Porém, ela tinha medo da decepção, medo de ele não passar de mais um daqueles que ela tanto condenava, que ouve músicas sem respeito, que vive a vida como se ela fosse apenas uma grande festa.


Então, ele a viu. Não sabia o porquê, mas vê-la sempre despertava algo em seu peito, um sentimento indefinido. Queria falar com ela, mas tinha medo de parecer bobo. Bobo? Sim. Não sabia como, mas sentia que poderia decepcioná-la. 'Mas que tolice, a minha', pensava. 'Não passo de mais um, quem se importa?!'. Sentia-se tolo, incapaz, fútil. Sentia que jamais teria palavras para falar com ela. Sentia que jamais poderia estar com ela, jamais seriam amigos, jamais conversariam sobre bobagens. Em sua mente, uma batalha ocorria sempre que seu olhar encontrava aqueles olhos castanhos. E mais uma vez, se foi pelo corredor. Aqueles olhares tornariam a se encontrar? Quem sabe. E continuou a caminhar de cabeça baixa, fitando os pés.


-Oi?

domingo, 13 de abril de 2008

Asneiras?

pestana diz (14:45):
nao tinha felicidade,
pestana diz (14:45):
e mesmo quando tiver,
pestana diz (14:45):
vai ser passageira..
pestana diz (14:45):
sacas?
pestana diz (14:46):
sacou, sacou?
' maíra diz (14:46):
por que?
' maíra diz (14:46):
mais fácil é ser como eu, crer que a felicidade não existe
' maíra diz (14:46):
o que existe são momentos de ausência de infelicidade
' maíra diz (14:48):
assim, a gente vive como em uma montanha russa.
' maíra diz (14:48):
com picos passageiros de felicidade
' maíra diz (14:49):
'endorfinas, serotonina, dopamina e todo o resto