sábado, 31 de janeiro de 2009

Por tempo indeterminado.

Por conta de um "quase" pessoal, deixo aqui, mais uma vez, o meu até breve.
Aviso que pode ser necessário ou não, mas julgo bem deixar aqui expresso que não postarei mais por falta de tempo, não de vontade.
Esse ano é meu, tem que ser. Trabalharei pra que esse ano não haja um "quase", mas sim um "consegui!".
Porque me ensinaram que a persistência é a alma do negócio.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Um quase.

Sentada vendo o tempo passar, ouvindo aquela rádio de sempre, com a cabeça encostada na janel do carro do mesmo jeito de sempre, ansiosa por um banho, ah, minha casa, será que os cachorros quebraram alguma coisa? De repente, aquele grande ônibus azul. Mais curioso que o ônibus por si só é a figura que o persegue. Mochila nos ombros, olhar desesperado e grandes passos, um grito, ele não pode deixá-lo escapar. O alcança. As portas, porém, não se abrem. Ele tenta, insiste, mas nada adianta. Ele se vai, reconhecendo o "quase lá".

Interessante como na vida há sempre esses "quase lá". Correr atrás de algo, desejar, precisar, tudo isso nem sempre parece suficiente para que se alcance. O pior: alcançar de maneira não plena. Como chegar perto, tocar e deixar escapar.
Pode ser um desejo, uma pessoa, uma pequena realização pessoal. Pior do que falhar é a dor do quase. Porque quase conseguir mostra que faltou muito pouco paara que o que era apenas idealizado se tornasse real, objetivos não alcançados, sejam eles grandes ou pequenos.
Falhar por muito mostra incompetência, falhar por pouco mostra capacidade insuficiente. Ou suficiente, mas não totalmente. Saber que o que se fez foi quase o bastante para que tudo saísse como o esperado, mas que por algum infortúnio não foi o suficiente é realmente pesaroso.
Ter que "deixar para a próxima" por muito pouco. Um pouco que, em outra situações, seria o quase nada. Sempre, sempre é quase nada, a menos quando se precisa desse pouco, seja esforço, empenho, ou até mesmo sorte.
Ter que esperar minutos, dias ou até mesmo meses por algo apenas por ter falhado na última hora.
Mas pior do que ter que esperar por tudo isso é conformar-se e não mais esperar. Falhar por muito pouco e deixar que isso seja suficiente para acomodação, aceitando a oportunidade perdida, sem lutar para que ela seja alcançada. Pior do que o quase é a acomodação.

Ele se foi, reconhecendo o "quase lá", mas em seus olhos via-se a determinação do "será da próxima vez".

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Eu sei, não é assim.

Tinha tudo pra ser e não era. Impressionante. Admirável. Sabia que era desejado, querido, quase inalcançável para algumas. Mas era simples, gentil. Era simples, simplesmente.
Caminhava despreocupadamente, sem a pretensão de prender minha atenção. Tarde demais, eu já estava alheia, percebendo apenas aqueles passos, aquele sorriso, aquele jeito despreocupado, incrivelmente leve.
Passou, olhou-me como quem olha alguém de passagem, desviou o olhar. Seria eu tão repugnante? Estaria ele buscando não perder-se em mim? Arrisco na primeira opção. Mais aceitável.
Ah, quisera eu ter sabido o que sei dele agora. Certamente teria ousado. O abordaria dizendo alguma tolice cuidadosamente planejada para que pudesse vir a gerar algum diálogo.
Tolices foram ditas, diálogos gerados, nada mais.
Para ele, mais uma. Para mim, mais um (digo isso com um certo pesar, de fato). Mas eis como o destino (ou seja lá o que for) quis.
Não era pra ter sido assim. Aliás, uma série de outras coisas não eram pra ter sido como foram. Grãos de amor perdidos pelo caminho, que triste. Mas aconteceu, e nunca saberei como seria se tivesse ocorrido tudo de outra maneira. Talvez eu não fosse essa que aqui escreve. Não, com certeza não seria. A vida é cheia dessas coisas, vai entender.
Adorável, ele continua.