quarta-feira, 4 de junho de 2008

Fatos, fatos, fatos.

O que leva pessoas a viverem de bem com a vida (ou pelo menos mostrar que vivem)?
(Não) sou observadora, mas às vezes as coisas são, digamos, impossíveis de ser ignoradas. Era um homem gordo, na faixa de trinta anos, porte não atlético. Usava um vestido floral. Sim, um vestido! Além disso, meias coloridas (uma branca e uma preta), sandálias, um colar de conchinhas e outro com um grande coração verde. Ao entrar no ônibus, falava alto e gesticulava bastante. Dizia 'olá' para todos os passageiros, contava piadinhas e era muito simpático.
De repente, começou a distribuir cartões contendo um pequeno texto cada. Fiquei a pensar o que o motiva a fazer isso. Por dia, estar em diversos ônibus (o que, diga-se de passagem, é detestável), sorrir por mais que esteja triste ou vestir-se de maneira ridícula em prol de uma causa (que, de fato, é muito admirável).
E eu, sentada, observando as pessoas ao meu redor rindo de pequenas piadinhas. Olhando pela janela, vejo que o mundo vai, e não pára. Pessoas que não se cumprimentam. Gentileza? Nenhuma.
O gordinho (que se apresentou como Joyce) é um, apenas um. Não, ele é um. Um dentre tantos.









"Amor, palavra que liberta, já dizia o profeta".

Um comentário:

renato xxx disse...

Esse cara parece ser um daqueles gordinhos simpáticos que você não tem que fazer o menor esforço pra gostar! =)