terça-feira, 15 de julho de 2008

Tudo que pode dar errado

Eu estava aqui sem fazer nada, assim, pra variar um pouquinho só. E cá me pego pensando: muitas coisas podem dar errado no dia que eu for fazer minha tão esperada prova de vestibular.
Eu sei, ela é só dia 23 de novembro, mas certas coisas ocupam uma mente desocupada (e isso ocupou a minha, foi inevitável, quando eu vi já estava aqui com todos os possíveis problemas na cabeça).
Primeiro: o despertar. Bom, eu sou bem tranqüila para certas coisas, mas não sei se no dia conseguirei manter a calma. Tenho medo de não acordar na hora certa, me atrasar e perder a prova (já tive até a visão de um portão se fechando nos últimos segundos, enquanto eu, naquela corrida espetacular, fico por alguns milímetros do lado de fora). Tenho um sono muito pesado. Acho que vou colocar todos os despertadores da casa (e comprar alguns mais, só pra garantir) para despertarem umas duas horas antes do necessário, para caso eu caia na tentação dos 'dez minutinhos a mais' eu não perca tanto. Vou armar um dispositivo que vai jogar água em mim. Vou mandar minha mãe gritar, minha irmã gritar, meu pai gritar, meus vizinhos gritarem. Em último caso, vou contratar uma pessoa pra me bater caso eu não queira acordar.
E há também a possibilidade de eu não conseguir dormir e estar muito mal no dia da prova, cochilando por cima da mesma. Não, não, não, isso não!
O café da manhã é outra coisa que me apavora. Até isso? É, até isso. Eu não costumo comer de manhã, a menos em momentos tensos. E esse, com certeza, vai ser um momento tenso. Vai que eu como algo que me faz mal? Visitas freqüentes ao banheiro durante a prova são algo potencialmente problemático. Isso me faz lembrar outra coisa: o jantar da noite anterior. Eu não quero perder a prova por não conseguir deixar o banheiro da minha casa. Nada de estripulias, então!
Mais uma coisa: quem vai me deixar. Bem, já falei com meus pais (sério, falei mesmo) que já escolhi qual dos dois me levará. Foi uma decisão não muito difícil, assumo. Espero que esteja tudo 'nos conformes' no dia com meus escolhido. E com o carro. Vai que o carro quebra antes de sair de casa? Ou pior, quebra no meio do caminho? É para isso que vai servir a minha ida adiantada em, pelo menos, meia hora do que o horário que deveria ser. Não admito falhas.
Chegando lá, superando todas as calçadas, buraços, portões, pessoas, enfim, na hora da prova. E se minha caneta falhar? Bom, claro que levarei mais de uma. Mas e se todas elas falharem? Não sou exagerada, só acho que se algo pode dar errado, temos que considerar essa possibilidade. Sem contar as lapiseiras que insistem em me odiar e quebrar nos piores momentos. E os lápis sempre me abandonam. As borrachas saltam das minhas mãos. Não consigo fazer nada sem uma garrafa com água, e tenho medo de molhar minha prova, visto que sou muito desastrada. Ai, céus, eu não achava que fosse tão complicado.
Acordar, comer, ir até lá, chegar, me acalmar, levar vinte canetas, quinze lapiseiras, sete lápis e três borrachas. Ah, e quatro garrafas com água (mas sem derramar, por favor!).
É melhor eu ir fazendo a listinha pra não esquecer de nada...

2 comentários:

Diego Vale disse...

Muito obrigado! Também estou em ano de vestibular e sei como é esse nervosismo antecipado. Mas mantenha a calma que no final dá tudo certo. Ao menos em redação você não reprova! XD

Diego Vale disse...

Ah, é mór ruim mesmo. ;( E nãão, eu reprovo sim. Os professores de redação me odeiam. Já você eu tenho certeza que passa. xD